FAÇA PARTE DA CASA DO MÉDICO           SERVIÇOS           SOBRE NÓS           APM NEWS           EVENTOS           REVISTAS           CLASSIFICADOS

menu

Programa CQH finaliza série de lives sobre indicadores na Saúde

Na última quinta-feira, 24 de março, o Programa Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) – mantido pela Associação Paulista de Medicina (APM) – realizou a terceira e última live sobre estruturação de indicadores e análise crítica na área da Saúde.

A série de encontros foi um aquecimento para o curso on-line “Estrutura de indicadores e análise crítica na área da Saúde”, que o CQH oferece nos dias 11, 12, 13, 14 e 18 de abril, das 14h às 17h, com certificado. A iniciativa é apoiada pela Sociedade Paulista e pela Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde (Sompas e Abrampas, respectivamente).

A derradeira união on-line foi conduzida por Orlando Pavani, professor e especialista em Administração Empresarial, que também ministrará o curso. Além dele, participou Jayme Malek Júnior, membro da Governança do CQH.

“As lives estão sendo uma degustação e creio que estamos atingindo nossos objetivos, já que respondemos, com este curso, a uma solicitação dos próprios hospitais participantes do Programa, que solicitaram a abordagem do tema de indicadores. Creio que o curso será muito proveitoso para esclarecer dúvidas e realizar análises com exemplos”, afirmou Malek.

Validação de dados
O membro do CQH sugeriu, como tema inicial, o debate sobre a validação dos dados dos indicadores. Segundo sua experiência, é comum, atualmente, os gestores se depararem com dados da mesma categoria, porém de fontes diferentes ou considerando aspectos distintos. “Por exemplo, em relação à ocupação hospitalar de pacientes cirúrgicos. Se você pegar a alta hospitalar, você tem um número. Se considerar, porém, a data do procedimento cirúrgico, terá outro dado”, comentou.

Antes de se aprofundar nesta especificidade, Pavani lembrou o comentário feito na última live, quando disse que dados “mentirosos” são melhores do que a ausência de dados. “A partir do momento em que temos os indicadores, entretanto, precisamos garantir a acuracidade deles. Temos que cuidar, principalmente, de dois fatores para isso. A coleta tem que ser repetível e reproduzível.”

Segundo o especialista, a repetição é quando submetemos à mesma coleta, sendo feita pela mesma pessoa, no mesmo momento. Se há descompasso entre os dados, esse é um erro de repetibilidade. “Se meço a pressão do Jayme agora e daqui a pouco novamente, e os resultados são distintos, isso é um erro de repetibilidade. Agora, se meço a pressão do Jayme e outro

colega faz o mesmo e os valores são diferentes, esse é um erro de reprodutibilidade. Esses dois erros somados têm que ser testados antes de começarmos coletas”, detalhou Pavani.

Análise crítica
Durante o decorrer da live, Malek comentou sobre as situações em que, no momento da análise crítica e retrospectiva, não reconhecemos os motivos de uma variação fora da média. “Pensamos: ‘O que aconteceu?’.”

Esse será, segundo Pavani, o tema principal do segundo bloco do curso, após eixo que focará na inteligência de mercado. Neste momento, os inscritos se deterão à interpretação de gráficos a partir da coleta feita dos números plotados.

O especialista chamou a atenção para um artigo que, em sua análise, é muito pouco comentado, apesar de tão importante: o diário de bordo da plotagem. Conforme os números são colhidos, independente da frequência, com esta ferramenta é possível anotar tudo que acontece naquele período que possa explicar determinadas circunstâncias no futuro.

“Quando tenho um diário de bordo, anoto que uma matéria-prima de um soro foi diferente naqueles meses ou que um aparelho de medição cardíaca foi alterado. Não sei se isso impactará ou não no processo, mas tenho que registrar. Quando vou fazer a análise, posso fazer correlações, percebendo que uma circunstância específica gera um efeito na plotagem. Na ausência do diário, ficamos perdidos na capacidade analítica”, ilustrou Pavani.

Por: apm.org.br