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Revalida 2020 aprova apenas 7% dos inscritos

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o resultado da prova de habilidades clínicas do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), edição 2020.

Ao todo, nesta edição, foram aprovados 1.087 médicos graduados fora do Brasil. O número representa 7% de todos os inscritos e 45,3% dos participantes da 2ª etapa. O número é maior do que o da última edição, que ficou em 5,3%, mas consideravelmente menor a outros anos, como 2014 e 2015, que chegaram a aprovar respectivamente 32,6% e 41% dos postulantes.

Os candidatos podem conferir se foram aprovados no site do exame. Quem foi aprovado está apto a prosseguir o processo de revalidação junto a uma das instituições de educação superior parceiras. A lista das universidades que firmaram termo de adesão ao exame pode ser acessada no portal do Inep e no sistema do Revalida.

Já quem reprovou nesta segunda etapa poderá, nas próximas duas edições do exame, se reinscrever diretamente na etapa de habilidades clínicas. A diretriz é uma novidade do Revalida 2020. Anteriormente, era necessário repetir todo o processo desde o início.

O Revalida
Nesta edição, após dificuldades em marcar a segunda etapa por conta da pandemia, o exame teve sua fase final aplicada nos dias 10 e 11 de julho, em 13 cidades brasileiras. Ao todo, foram dez estações estruturadas, percorridas em dois dias de provas, nas quais os participantes realizaram tarefas específicas de diferentes áreas.

Entre as possibilidades estavam: investigação de história clínica, interpretação de exames, formulação de hipóteses diagnósticas, demonstração de procedimentos médicos e, entre outros, aconselhamento a pacientes ou familiares.

Além desta etapa prática, o Revalida conta com uma fase inicial teórica. O conteúdo de ambas aborda, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da Medicina: Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Medicina de Família e Comunidade (Saúde Coletiva).

O exame é aplicado pelo Inep desde 2011, mas a última edição havia sido em 2017. O intuito da prova é subsidiar a revalidação do diploma de Medicina expedido no exterior. As referências da avaliação são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional. O intuito é avaliar as habilidades, as competências e os conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

APM apoia exame
A Associação Paulista de Medicina (APM) é defensora do Revalida. Não à toa, tem se manifestado contrária a todos os projetos que tentaram flexibilizar a revalidação de diplomas médicos nos últimos meses, sempre exercendo pressão junto aos parlamentares. A visão da instituição, assim como a da Associação Médica Brasileira (AMB), é que quem não se submete a comprovar sua capacitação não pode praticar a Medicina aqui ou em lugar algum do mundo.

Sobre o tema, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da APM, já afirmou: “Não há país no mundo que não exija para a prática médica em seu território a revalidação de diploma, processo que garante a qualificação profissional na área e, assim, a segurança das pessoas atendidas. No Brasil, o exame de revalidação, ainda que aplicado há vários anos, desde 2011, tem mostrado que a grande maioria dos egressos não logra aprovação”.

A revalidação de diplomas para profissionais formados no exterior, sejam brasileiros ou estrangeiros, é indispensável, de acordo com as entidades médicas, para a segurança e qualidade da assistência aos pacientes. Outro fator relevante é o de que graduados em faculdades nacionais também passem por exame para comprovar que estão aptos a exercer a profissão no País.

Por: associaçãopaulistamedicina.org.br